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El Carmo

  1. Viagem dentro de mim

    Relaxa cara eu não vou te matar teria dito eu, ao gordinho que me pediu para não matá-lo. Ele se cagou todo quando botei a arma em cima dele. Você não é o meu. É nenhuma, meu rei. Queria apenas fazer medo, mostrar que vocês todos são uns cagões. Todo mundo pedindo arrego, mas na hora de pegar no meu pé, todo mundo era o porreta. Juro que não queria isto. Nunca pensei nisto, quando a gente vê já fez. Estou aqui, nesta pedra gelada. Cadê alguém para me buscar? Nem parente, nem derente. Vergonha? ...
    Tags: congo, cus, imagem, rei, viagem
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  2. Em Busca de Um Tema ou Um Tema à Procura de Um Autor.

    Não se sabe ou não me lembro bem como tudo começou. Lembro-me agora de estar numa ampla sala de um tribunal com alguns juízes ou desembargadores que se reuniriam para julgar um processo. Era um caso rumoroso, do qual a cidade toda falava. Juro que não me recordo qual a questão, mas prometo que se me lembrar, antes de terminar este relato, eu o direi, pois, embora não seja fominha de realismo, como pretendem os jovens escritores, há certas curiosidades que o leitor gostaria de saber e não se pode ...

    Updated 04-09-2011 at 02:42 AM by El Carmo

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  3. Em Busca de Um Tema ou Um Tema à Procura de Um Autor.

    Este cara não me deixa livre. É o mal de todos os autores: Querem que a gente se comporte tal qual pensam que somos. Põem-nos em uma camisa de força. Está na hora de todos os personagens se libertarem de seus autores. Viver cada qual a sua vida. Será que eles não percebem que somos gente como eles? Cagamos, cuspimos, mijamos, bufamos, fedemos a suor, temos chulé, meleca no nariz, mau hálito, dente podre, toda espécie de porcaria e no entanto, só nos apresentam empetecados, como bonecos de cera ...

    Updated 04-09-2011 at 02:45 AM by El Carmo

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  4. A miragem




    Eu tinha cerca de 12 anos. Na roça, onde morava, as moças que eu via eram poucas, e somente quando ia à feira de Capela, arraial à uma légua de nossa casa.
    Eu me enfeitava todo no dia de sábado, dia de feira em Capela do Alto Alegre. Meu chapéu novo de couro, uma casaca e as alpercatas de cromo. Jogava um pouco de cheiro no corpo, roubado da mamãe. Olhos dançando, no caminho. Buscam Mariá, vindo do Tabuleiro.
    ...
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  5. O banco, o chÃo, o sono e o sonho

    O BANCO, O CHÃO, O SONO E O SONHO

    El Carmo

    Mairi. Quase trezentos quilômetros de Salvador. É verão e o ônibus chega afinal. Meio-dia. Horus, intranqüilo, desce na tranqüila cidade. Curiosos apenas observam pelas janelas. Abram as jinelas belas donzelas.
    Batia Meia-noite. O frio de outono no seu rosto. Folhas, sob os pés, caídas. Gare du Nord. Noite em Paris, primeira.
    Achou a casa do ...
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